sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Palavras en polpa



Sentir o insensível
Tocar o intocável
Ver o invisível
Como água viva, inalar o corrosivo
Meio turvo, iluminado não combina.
Se realizo seu desejo, ninguém desafina
Frio figura o tempo restante que não espera a fuga
Corro contra o vento, mas não recordo qual música
que inspira sem inspiração, somente consome o que não tem explicação.
Tentaram explicar o mundo, mas ouviu quem era surdo
protestou quem era mudo e rezou quem crê no absurdo.
Listas de imensurável estilo, estigmatizado do primeiro ao último capítulo
Formas ilimitadas, poupo palavras porque quem fala demais não ampara
Almas frustradas com tanta gentileza, tossindo licenças poéticas, proféticas, rasgando beleza, com certeza.
Filosofo pureza, onde o ontem nunca supera o amanhã de um homem,
mas se não é o que eu vejo, deixo de ser e me rastejo
Cada palavra constrói um pensamento, mesmo que seja as pedras que eu mexo e que o que eu penso seja apenas um tormento.


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