Não adianta parar nem seguir,
não tem
lugar algum para onde possa fugir,
convém
pensar em não refletir,
em alguém
que reza reza e só sabe pedir...
Fingir, mentir, voltar os olhos do mundo para si;
Dissimular, disfarçar...
nem vale a pena tentar.
Meus pés descalços ganharam alguns calos em busca do óbvio.
Minhas mãos racharam ao arrancar flor em talos ungida a santo óleo.
Viva toda maledicência, morram os que ferem em prol da beneficência
Mesmo guardada, sugada, pormenorizada, vejo nas frestas do canto que resta, a fartura de quem gargalha, a pança estufada, o cinismo que nem cristo escancara.
Me rendo plantando bananeira, desgosto sem gosto que não fede nem cheira.
Latido rouco, mordo o cotovelo pra mostrar que sou louco
Danço no embalo, tiro onda de otário, perco o rebolado
arregalo o olho, pisco pisco e não percebo que nesse meio sou apenas caolho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário