sábado, 26 de dezembro de 2009

Aqui jazz

Tateio cada parte do teu mundo, entre muros e rachaduras, às vezes tão duras, eu me pergunto até quando dura.


Essa loucura sem censura que me fissura e me mistura, mas você não tem postura e nunca me dá cobertura.


Logo no começo não te reconheço, remexo, remexo e continuo no eixo…


Te viro, reviro e revivo, mas num suspiro eu piro, não consigo que venha comigo.


Penso em me largar nessa essência, te peço clemência pela minha indolência, já não estamos mais na adolescência, agora temos vivência.


Mas parece que é feito de aço, que endureceu no mormaço desse mundo arcaico que já deu no saco.


Não consigo mais viver de retalhos, quero pés descalços, meu mundo fantástico, figurando no céu seus passos tão falhos ao mesmo tempo que te observo de soslaio.


Recuperando o fôlego, meditei fechando o olho, imaginei flutuar sobre o todo, mas tudo era tão torto que caí pelo poço.



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