domingo, 23 de maio de 2010

.¡.Ow Lucy.¡.

Decido-me sobre os teus retratos mal revelados se hei de pisar em terras em que talvez um dia não queira mais retornar.
Sobre casas mal projetadas, insinuo meus pés através de um cenário imaginário que eu mesma criei.
Foram todas, pouco a pouco, tomando cores, tantas cores, confesso que me orgulho do plano, mas quando vejo que te tornou a pensar tão plano, que virei ao contrário, do cubo ao quadrado, e ainda assim não te achei...
Vou dançar uma bossa então, em homenagem ao carinho da recordação, desculpa, roubei teu bordão, mas é assim como estou, embriagada desse inominável prazer que me deixo...
Ah me deixo, de braços dados aos sorrisos, quando ouço essa gaita ao fundo, hum... como descrever um sabor?
E de uma bola de chiclete a estourar deixo–me ao ar...
Esse é o momento, o instante de voar, doar-se ao "Maximo", reconhecer teus fracassos, lançar-se ao aço, ao concreto, e que seja ao plástico, não importa isso sempre acaba em protesto.
É como registrar um devaneio, essa sua foto de lente embaçada, eu começo a enxergar meio às claras, com uma pitada de lucidez, que vivi a chamada efêmera sensação do gosto, debaixo da língua, foi se tornando pouco a pouco e disse finalmente para o que veio.
E eu sempre encontro o freio, só pela aventura de pegar o atalho, ou talvez o caminho encantado, onde alguém queira se apresentar e contar a sua própria história, onde a placa indica: Seja personagem do que sempre sonhara, nunca perca o fio da meada...comece sempre outra vez.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi lineee...gostei do texto..como disse sempre dou uma passadinha aqui pra ler algo que vc coloca...Muito legal!!
bjus
Fernanda Mattos

Nina disse...

Nossa, Nila!!!
Amei a profundidade e a delicadeza do teu texto!
Já tinha lido antes, mas não pude comentar na hora!
Quero voltar sempre para novos deleites ; )
Beijo grande pra ti!!

Paula Baco disse...

Ta lindo esse também !!!!


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