sexta-feira, 14 de maio de 2010

Relaxa na prosa

E que tal uma rapidinha?
Não adianta correr, ou se arrastar devagar, parece incrível, mas demora o mesmo tempo pra chegar lá.
Ninguém percebe? É tão difícil assim? Será que não é obvio que a busca não é pelo fim?
Assim eu sou forçada a ser piegas, redundante, prolixa, infame.
Quero cuspir, escancarar, ser intransigente, quero ver alguém me calar.
Prefiro cair e me ralar, expor a pele, os vasos, os nervos, os ascos.
Prefiro que me exponham como moldura de concreto a ser discreto, olho no olho, mordendo a língua, dedo do meio, vou roubar teu auto-falante e promover um manifesto lancinante.
O fim é teu objetivo? Já cogitou a hipótese de não alcançar? Então seja criativo e arrume um jeito de viver o meio, o caminho, o constante, o desafio, sentir o que está sendo vivido, entre ilusões e delírios, tenha o real para não se perder no ideal.

Na moral, e tenho dito!

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