segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dedicado a quem nunca lerá

Chega de fazer barulho, meu ouvidos estão roucos, meu orgulho perdeu o juízo, minhas pernas querem correr pra ir te ver, doce orgasmo num amargo amanhecer.
E quando eu penso que meus dedos te encontraram, você me distrai com um sopro na nuca, desejando o desespero de vencer a luta , tão nua, tão pura, reluzindo nos olhos pecados mofados de uma criatura, sem pé nem cabeça, alma transparente, volátil, demente, que mente e nem sente meus pés quentes... a te tocar por debaixo do edredom, na tentativa de expressar que nenhum mal nos abaterá, e que amar é apenas mais um dom.
O toque certeiro é suficiente para te desmanchar por inteiro, sintonia fina, descrever o que se sente é desafio da mais alta categoria da espécie dos ilusionistas, sumo dentro de ti, apareço quando sorri, me detenho em te dar prazer, seguro o tempo para nunca mais esquecer.
Tento fazer uma música, eternizar um momento que eriça pêlos, fazendo nascer a energia que não tem mais onde caber, dissipada num grito, prazer e carícias, te encontro na esquina da vida, levando os pensamentos pra passear num leve flutuar e a escarnecer do poema que fiz pra você saber que amar não é apenas sofrer.

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